Viveu entre 1911 e 1993. Foi poeta, contista, romancista e cronista.
Após ter terminado o Ensino Básico, prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas, como é o caso de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de «Um Anjo no Trapézio» é que o espaço das suas obras passa a ser Lisboa.
Membro do Partido Comunista Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neorrealismo. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
A sua vida profissional foi muito díspar, tendo exercido nos mais diferentes sectores: comércio, indústria, revistas, agências publicitárias, entre outras.
Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.
Em sua homenagem, a Escola Secundária de Santiago do Cacém, denomina-se Escola Secundária Manuel da Fonseca e a Biblioteca Municipal de Castro Verde, Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.
Livro de contos publicado em 1942.
Foram escritos entre os anos 20 e o fim da década de 30. Alguns foram publicados em jornais e revistas literárias.
Cinco destes contos foram criados a partir de acontecimentos vividos por pessoas da sua família, uns assistidos e outros relatados, sendo os restantes situações fictícias.