A oposição entre estilos artísticos de carácter clássico e os estilos artísticos que viriam a ser chamados barrocos dá-se no século XVI, particularmente em Portugal, Espanha e Itália.
Estilos clássicos são, nesta época, os que de algum modo estão ligados à Renascença. Representam artisticamente um ideal de serenidade, de harmonia, de equilíbrio, de perfeição, em herança dos modelos da Antiguidade greco-latina.
Mais tarde, já no declínio do século, uma tendência nova irrompe na cultura europeia, tendo como principais centros a Itália e a Espanha. Vem a ser chamada barroca, designação esta de origem portuguesa. O espírito é oposto ao da Renascença, e as primeiras obras surgem irregulares, extravagantes, caprichosas na sua recusa da ordenação harmónica e da proporção clássica.
O Barroco aparece, historicamente, na transição do século XVI para o XVII, com a Contra-Reforma. Contra o humanismo renascentista, afirma, ao contrário, o misticismo, o ascetismo, o dramatismo do homem, dividido entre as solicitações da natureza e da carne e a aspiração espiritual.
Noutros termos, o clássico seria a arte do belo ideal, enquanto o barroco seria a arte da natureza em permanente gestação, o rebuscado da forma.
Temas principais: Mudança, Fugacidade da Vida, Beleza da Mulher, Confronto Vida-Morte, Desconcerto do Mundo.
Obras principais: Fénix Renascida; Postilhão de Apolo.