Na Idade Média convive a cultura palaciana e dos intelectuais leigos com uma cultura de carácter religioso, ligada à vida clerical.
Com o advento do Humanismo, ou seja, uma cultura antropocêntrica que, sem pretender destruir o cristianismo, aposta no elemento humano, a sociedade muda a vários níveis. O humanista coloca o Homem no centro das suas reflexões e preocupações. Acredita em si, nas suas capacidades, no seu saber e na sua experiência.
No Renascimento procura-se, como o grego, o equilíbrio, a proporção, o ideal olímpico que consagra a coexistência harmónica de virtude, força e beleza. É assim um movimento que visa uma nova atitude intelectual e de espírito sem desprezo por qualquer conhecimento ou doutrina.
Surge pela primeira vez em Itália, no século XIII, tendo como percursores Petrarca e Dante, que procuram o retorno à pureza dos clássicos como a que se encontrava nos escritos de Cícero ou Horácio.
A Portugal só chega no século XVI, mas depressa encontra adeptos, que fazem da sua literatura uma obra de orgulho lusíada.
Por influência das formas estéticas clássicas surge A Castro, de António Ferreira, as composições bucólicas e sonetos de Sá de Miranda, a epopeia Os Lusíadas, sonetos e outros textos de Camões; no Teatro a obra de Gil Vicente, que aprecia e critica a vida social do seu tempo, Bernardim Ribeiro com a sua novela original e popular Menina e Moça e o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.