Costuma datar-se o início do Romantismo em 1825, com a publicação, em Paris, do poema Camões, de Garrett. Todavia, esta obra não teve sequência imediata, sendo mais correcto datá-lo de 1836, ano da publicação de A Voz do Profeta, de Alexandre Herculano.
Características Gerais
Individualismo: contra as regras dos neoclássicos, contra a imitação dos modelos.
Ânsia de Liberdade: os autores serão dominados pelo instinto, pela paixão, pelo sentimento, pelo idealismo religioso, pela comunhão com a Natureza. O herói romântico comporta-se como um rebelde, altivo e desdenhoso, desafia a sociedade e o próprio Deus.
Interesse pela Idade Média: Abandonados os modelos greco-latinos e respectiva mitologia, os românticos regressam à Idade Média, denegrida pelo racionalismo Iluminista. A imaginação povoa-se de castelos antigos, monges, cavaleiros.
Nacionalismo: Tudo quanto é popular e nacional é exaltado. O folclore, os costumes, as figuras nacionais, a história pátria.
Natureza: Em oposição à natureza amena dos clássicos, cria-se uma natureza em tumulto, de imagens sombrias, nocturnas, capaz de provocar sensações violentas. Estabelecem-se relações afectivas com o «eu» e os objectos são associados aos estados de alma. O Romantismo descobre a beleza da solidão, da noite, das trevas, do vento agreste e da paisagem selvagem.