Viveu entre 1867 e 1926. É considerado o expoente máximo do Simbolismo.
Camilo de Almeida Pessanha nasceu como filho ilegítimo de Francisco António de Almeida Pessanha, um estudante de direito de aristocracia, e Maria Espírito Santo Duarte Nunes Pereira, sua empregada, em Coimbra.
Tirou o curso de Direito, em Coimbra. Procurador Régio em Mirandela (1892), advogado em Óbidos, em 1894, transfere-se para Macau, onde durante três anos foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau, deixando de leccionar por ter sido nomeado, em 1900, Conservador do Registro Predial em Macau e depois Juiz de Comarca. Entre 1894 e 1915 voltou a Portugal algumas vezes, para tratamentos de saúde, tendo numa delas sido apresentado a Fernando Pessoa que era, como Mário de Sá-Carneiro, apreciador da sua poesia.
Publicou poemas em várias revistas e jornais, mas o seu único livro Clepsidra (1920), foi publicado sem a sua participação (encontrava-se em Macau) por Ana de Castro Osório, a partir de recortes de jornais. Graças a essa iniciativa, os versos de Pessanha foram salvos do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições foram publicadas em 1945, 1954 e 1969.
Na área da Imprensa, encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Ave Azul (1899-1900), Atlântida (1915-1920) e Contemporânea (1915-1926).
Apesar da pequena dimensão da sua obra, é considerado um dos poetas mais importantes da língua portuguesa.
Morreu no dia 01 de Março de 1926 em Macau, devido ao uso excessivo de ópio.
É o único livro do autor, no qual se reúne a sua extraordinária obra poética, representativa do movimento literário do Simbolismo.
Nele se exalta a Existência, o Amor, a Morte e o Esquecimento, num ambiente de Outono e de crepúsculo. É uma poesia de ritmo inovador e teor dramático, que dá origem a uma nova musicalidade.