Poeta, tradutor e desenhador, viveu entre 1924 e 2013.
Ramos Rosa estudou em Faro, não tendo acabado o ensino secundário por questões de saúde. Em 1958 publica no jornal «A Voz de Loulé» o poema «Os dias, sem matéria». No mesmo ano sai o seu primeiro livro, «O Grito Claro», n.º 01 da colecção de poesia «A Palavra», editada em Faro e dirigida pelo seu amigo e também poeta Casimiro de Brito. Ainda nesse ano inicia a publicação da revista «Cadernos do Meio-Dia», que em 1960 encerra por ordem da PIDE.
Foi um dos fundadores da revista de poesia «Árvore» existente entre 1951 e 1953.
O seu nome foi dado à Biblioteca Municipal de Faro. Em 2003, a Universidade do Algarve atribui-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
«Será esse o essencial da poesia de Ramos Rosa: persistir na perplexidade diante do que se apresenta, abanar a árvore das imagens para que estas se desprendam dos ramos (da ordem) e se alterem, independentemente do sentido, para que o tecido do poema não seja um muro de palavras».