Procurei reter algumas opiniões de escritores reconhecidos enquanto tal:
«O principal conselho que dou a todos os aspirantes é simplesmente que não o façam.
A não ser que estejam disponíveis para abraçar uma vida de Pobreza, Isolamento, e Incompreensão. Se exibirem somente o desejo de o fazer, não irá resultar. Têm de se sentir compelidos a fazê-lo, tem de vos queimar por dentro. Durante muitos anos, o que me mantinha acordado durante a noite era tentar descobrir um modo de pagar a renda».
«Percebi o que queria fazer quando o horário escolar me parecia mais do que tempo suficiente para estar com os meus amigos. Fora disso, preferia vir para casa sozinho e passar longos períodos isolado no quintal da minha avó, a reflectir e a escrever sobre o que reflectia».
John Irving
«Depois de sair do ‘Diário de Notícias’ cheguei a um período da minha vida em que senti que uma mudança era obrigatória. Troquei definitivamente o jornalista pelo ficcionista e decidi que nunca mais procuraria um emprego».
«Resumi todos os meus medos a um só: o da página em branco. Perguntam-me por que razão não receio falar para uma audiência de milhares de pessoas, por exemplo. É tão simples como lerem a transcrição de uma conversa. As pessoas julgam que falam correctamente, de forma gramaticalmente acertada e fluída, mas não falam. Desde os sete anos que me considero ateia, contudo, os livros são a minha religião. Presto reverência aos livros e a absolutamente mais nada, pois nada se equipara a um livro».
Fran Lebowitz