Anos 80-00 – Afonso Cruz

Nasceu em 1971, na Figueira da Foz. Escritor, realizador de filmes de animação, ilustrador e músico português.

Estudou na Escola Secundária Artística António Arroio, nas Belas Artes de Lisboa e no Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira. Vive num monte alentejano perto de Casa Branca, no concelho de Sousel.

Publicou mais de trinta livros, entre romances, conto, ensaio, poesia, teatro e não-ficção. Ilustrou outros tantos. Estreou-se no romance em 2008 e publica – em cadência anual – uma colecção difícil de classificar, intitulada «Enciclopédia da Estória Universal».

Foi distinguido com diversos prémios, entre os quais o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, o Prémio Literário Maria Rosa Colaço, o prémio Autores SPA/RTP ou o Prémio da União Europeia para a Literatura com o livro «A Boneca de Kokoschka». «Jesus Cristo Bebia Cerveja» recebeu o prémio Time Out – Livro do Ano e foi o Melhor Livro do Ano segundo os leitores do jornal Público. Venceu ainda o Prémio Autores para Melhor Livro de ficção Narrativa, atribuído pela SPA, o Prémio Fernando Namora, o Prémio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil (FNLIJ) e o Prémio Nacional de Ilustração.

Colaborou regularmente com o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias e continua a escrever mensalmente para o Jornal de Letras, Artes e Ideias, no espaço intitulado Paralaxe.

É membro da banda The Soaked Lamb.

Recebeu a Medalha de Mérito Cultural da Figueira da Foz.

 

 

Enquanto Realizador

Trabalhou em cinema de animação, em vários filmes e séries tanto de publicidade como de autor, de entre os quais se destaca a curta-metragem «Dois Diários e um Azulejo», baseado na obra do poeta português Mário de Sá Carneiro. Realizado em conjunto com Luís Alvoeiro e Jorge Margarido em 2002, ganhou duas menções honrosas (Cinanima e Famafest) e um prémio do público. Menção ainda para «O Desalmado» e para a série «Histórias de Molero» (2003), uma adaptação de «O que diz Molero» de Dinis Machado.

 

 

Enquanto Ilustrador

Publicou várias ilustrações na imprensa periódica, nomeadamente para a revista Rua Sésamo, em manuais escolares, storyboards e publicidade. Ilustrou cerca de três dezenas de livros para crianças com textos de José Jorge Letria, António Manuel Couto Viana, Alice Vieira e António Mota.

 

 

Enquanto Escritor

Publicou mais de trinta livros: estreou-se com o romance «A Carne de Deus», ao qual se seguiria, em 2009, «Enciclopédia da Estória Universal», galardoado com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. Em 2011, publicou «Os Livros Que Devoraram o Meu Pai» (Prémio Literário Maria Rosa Colaço, Finalista do Prémio Fundação Cuatro Gatos 2016, selo Altamente Recomendados 2017 da Fundación para el Fomento de la Lectura, Fundalectura, na Colômbia e selecção para o catálogo IBBY México 2017), «A Contradição Humana» (Prémio Autores SPA/RTP, selecção White Ravens 2011, menção especial do Prémio Nacional de Ilustração, Lista de Honra do IBBY e Prémio LER/Booktailors na categoria Melhor Ilustração Original) e «O Pintor Debaixo do Lava-Loiças», distinguido em 2016 com o Selo Cátedra 10, da UNESCO e com o prémio FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil do Brasil).

Em 2012 foi distinguido com o Prémio da União Europeia para a Literatura pelo livro «A Boneca de Kokoschka», publicando também nesse ano «Enciclopédia da Estória Universal: Recolha de Alexandria» e o romance «Jesus Cristo Bebia Cerveja», que foi distinguido com o Prémio Time Out — Livro do Ano e considerado o Melhor Livro do Ano segundo os leitores do jornal Público. Em 2013 publicou «Enciclopédia da Estória Universal: Arquivos de Dresner», «O Livro do Ano», «O Cultivo de Flores de Plástico» (teatro) e Para onde Vão os Guarda-chuvas (vencedor do Prémio Autores para Melhor Livro de Ficção Narrativa e finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e do Prémio Literário Fernando Namora) para além de «Assim, Mas Sem Ser Assim».

Afonso Cruz foi o vencedor do Prémio Nacional de Ilustração 2015 pela obra «Capital» (Pato Lógico, 2014), no mesmo ano em que publicou «Enciclopédia da Estória Universal: Mar». Seguiram-se «Flores», vencedor do Prémio Literário Fernando Namora 2016, «A Cruzada das Crianças», «Barafunda» (em conjunto com Marta Bernardes), «Enciclopédia da Estória Universal: As Reencarnações de Pitágoras», a novela juvenil «Vamos Comprar um Poeta», o romance «Nem Todas as Baleias Voam», finalista do Prémio Oceanos, e «Enciclopédia da Estória Universal: Mil Anos de Esquecimento».

Em 2017 publicou o livro de não-ficção «Jalan, Jalan: Uma Leitura do Mundo», vencedor do Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga/Associação Portuguesa de Escritores/C. M. de Braga e no ano seguinte, o sétimo volume da «Enciclopédia da Estória Universal: Biblioteca de Brasov» e o romance «Princípio de Karenina». Em 2019 publicou os livros «Como Cozinhar uma Criança», o ensaio «O Macaco Bêbedo Foi à Ópera» e «Paz Traz Paz».

Os direitos dos seus livros foram vendidos para diversos países.

 

 

Enquanto Músico

Faz parte da banda de blues/roots The Soaked Lamb, com a qual gravou os álbuns «Homemade Blues», em 2007, «Hats and Chairs» em 2010 e «Evergreens» em 2012, para os quais compôs vários originais, escreveu letras, cantou e tocou guitarra, banjo, harmónica e ukulele.


 

O pano de fundo deste romance é um Oriente efabulado, baseado no que pensamos ter sido o seu passado e acreditamos ser o seu presente, com tudo o que esse Oriente tem de mágico, de diferente e de perverso.

Conta a história de um homem que ambiciona ser invisível, de uma criança que gostaria de voar como um avião, de uma mulher que quer casar com um homem de olhos azuis, de um poeta profundamente mudo, de um general russo que é uma espécie de galo de luta, de uma mulher cujos cabelos fogem de uma gaiola, de um indiano apaixonado e de um rapaz que tem o universo inteiro dentro da boca.

Um magnífico romance que abre com uma história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal e se desdobra numa sublime tapeçaria de vidas, tecida com os fios e as cores das coisas que encontramos, perdemos e esperamos reencontrar.

 

 

 

«O ponto mais alto da capacidade narrativa e de efabulação de Afonso Cruz. É fácil cair em jargões para o classificar. O que poderia não passar de um exercício de demonstração de sabedoria é um livro cheio de humanidade, muitas vezes brutal, e de um apurado sentido estético. Magnético».

Isabel Lucas, Público

«Uma admirável coerência literária. No centro das múltiplas histórias está a noção de perda. Da pior das perdas. A perda de um filho».

Carlos Vaz Marques, TSF

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